domingo, 21 de outubro de 2012

Grupo de música

Grupo Musical da congregação Cristo Para Todos

O pastor licenciado Luis Antonio dos Santos tem dirigido o grupo de musica da Congregação. Foto da turma que se reune todas as sextas-feiras para ensair as músicas do culto.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Vida eterna



Mc10. 17-22 
Tema: vida eterna
Verso 17: Bom Mestre, o que devo fazer para conseguir a vida eterna?
O que você faria para conseguir a vida eterna?  Qual é o sacrifício que faria para obter a vida eterna? Doaria  todos os teus bens para os pobres. Viveria uma vida de reclusão e abstenção de todos os prazeres. Cumpriria 100% os mandamentos de Deus. Faria romarias debaixo de um calor infernal (Círio de Macapá e Belém...)  para agradar um santo e assim obter o favor de Deus.  Enfim, o que você faria para ganhar a vida eterna?
            Esta pergunta angustia, deprime, apavora, incomoda e tira o sono de  milhões e milhões de pessoas. O que devo fazer para consegui a  vida eterna?  A ciência sonha em conseguir a formula da vida eterna, mas o máximo que ela consegue é prolongar esta mísera existência. A ciência nunca poderá dar a vida eterna.  
            Esta mesma pergunta estava angustiando  um jovem que se dirigiu a Jesus. Os evangelistas Mateus e Lucas  acrescentam  que  era um jovem   importante e rico.  Esse jovem possuía “tudo”, mas lhe faltava a riqueza mais importante de um ser humano:  a vida eterna. Muitas pessoas são como aquele jovem possuem  tudo o que alguém pode sonhar viagens no exterior, uma bela mansão, uma bela família, um belo emprego, um casal de cachorro de pedigree ( raça)  saúde, status, festas...mas  mesmo assim são pessoas que vivem angustiadas, vazias pois lhe falta o principal, e que dá sentido a todo o resto -  a vida eterna.
            Esse jovem chega a Jesus pensando que  através de uma vida virtuosa poderá conquistar a vida eterna. A confiança desse jovem estava em sua  lista de  realizações morais.  A segurança desse jovem para obter a vida eterna estava nas suas obras da justiça.
            “ Afinal. Sou um cara bom. Não mato, não cometo adultério, não roubo, não dou falso testemunho contra ninguém, não tiro nada dos outros, respeito meu pai e minha mãe, eu mereço a vida eterno, eu mereço a salvação”.
            Não é assim que a maioria das pessoas pensa.  Quase todas as pessoas pensam que através de uma observação externa dos mandamentos elas merecem a vida eterna.  São pessoas envolvidas  num orgulho farisaico.  São pessoas que externamente cumprem os mandamentos. São pessoas que acham que serão aceitos por Deus no ultimo dia por causa dessa justiça própria, justiça humana,  que a bíblia chama de trapos de imundícia, fralda suja de bebe.
            Jesus havia notado que este jovem estava totalmente satisfeito com sua honradez externa, vista pelas pessoas. Pessoas dessa mentalidade, quando vivem tão descansadas em sua auto-justiça, em suas obras, sempre precisam ser lembradas do cumprimento total e perfeito da lei de Deus. Somente quando a pessoa enxerga através da lei que não consegue cumprir os mandamentos de Deus de forma perfeita, que é pecador, que está perdido e condenado por causa dos seus pecados, poderá   haver arrependimento e assim poderá ser salvo.
            Jesus aponta para a ferida desse jovem  em não cumprir os mandamentos. Jesus olhou para ele com amor e disse.
            - “ Falta mais uma coisa para você fazer: vá, venda tudo o que tem e dê o dinheiro aos pobres e assim você terá riquezas no céu. Depois venha e me siga.”
            O amor desse jovem  pelas riquezas e sua recusa em abandoná-las e seguir a Jesus mostra que ele quebrou o grande mandamento da lei. “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de toda a tua força."
            Jesus mostrou a ferida para este jovem -  o amor ao dinheiro o impossibilitava de amar a Deus. Esse jovem não havia cumprido o principal dos mandamentos, o primeiro mandamento. Por amar as riquezas mais que Deus esse jovem retirou- se triste da presença de Jesus.
            O evangelho de hoje nos quer  ensinar que o ser humano por meio da sua justiça, a justiça moral não consegue de maneira alguma obter a vida eterna. Através da lei de Deus podemos até cumprir externamente os mandamentos da 2º tabua, mas é impossível para o ser humano caído por suas próprias forças cumprir os mandamentos da 1º tabua que pedem o amor, confiança e fé em Deus acima de todas as coisas. Os Mandamentos são  um espelho que nos mostram nossa podridão, nossa feiúra, nossos pecados. Os mandamentos nos mostram que nós seres humanos estamos doente, somos pecadores e o  quanto precisamos do remédio para curar nossos pecados- esse remédio  é Jesus Cristo- através da sua obra redentora na cruz do calvário  temos perdão, vida e salvação. Através da fé em Cristo, o Espírito nos capacita mesmo de maneira imperfeita, a cumprirmos os mandamentos de Deus. O que é impossível para o ser humano que é amar, confiar e ter fé em Deus, Deus mesmo realiza em nossos corações através do Espírito Santo que vive nos cristãos.
            O apostolo Paulo  antes da sua conversão era um jovem parecido com o jovem do evangelho de  hoje. Acreditava que através da observância da lei Deus o iria justificar, salvar e assim ganharia  a vida eterna. Até que um dia ele caiu por graça de Deus da sua justiça própria e conheceu a Cristo. E ele deve uma mudança radical na sua mentalidade, diz ele em Filipenses que por causa de Cristo considera o passado, sua justiça própria, como lixo, esterco para ganhar uma justiça perfeita e melhor que é a justiça que nos é dado pela fé em Jesus  Cristo. Paulo nos diz: “Eu já não procura mais ser aceito por Deus por causa da minha obediência à lei. Pois agora é por meio da minha fé em Cristo que sou aceito; essa aceitação vem de Deus e se baseia na fé”.  
            Já que é impossível o ser humano através da obediência a lei, das obras, da justiça moral obter a vida eterna, a pergunta que fica como então obtemos a vida eterna? A pergunta está errada, a pergunta não deve ser centrada no ser humano, no que ele faz para ganhar a vida, mas sim em Deus, o que Deus fez e faz para dar a vida eterna ao ser humano. Então,  a pergunta certa deve ser. O que Deus fez para dar a vida eterna ao ser humano? E a resposta é: Porque o amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho Jesus Cristo para que todo aquele que nele Crê não morra, mas tenha a vida eterna e- Quem crê no filho Jesus Cristo tem a vida eterna- eu afirmo a vocês que isto é verdade: quem ouve as minhas palavras e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não será julgado, mas jê passou da morte para a vida.
            A vida eterna é um presente que Deus dá ao ser humano gratuitamente por meio de Jesus Cristo. A vida eterna não é conquistado por nossos esforços, obras, nossos trapos imundos de  justiça, nossos jejuns, nossos romarias num calor infernal. A vida eterna é graça de Deus. A vida eterna é um presente de Deus. E o que é a vida eterna?  A vida eterna é comunhão com Deus, é paz, alegria, perdão, salvação.  Quem crê em Jesus como seu Senhor e Salvador já tem, hoje, agora, neste exato momento a vida eterna morando em seu ser. Quem Tem Jesus tem a vida eterna. Quem tem a vida eterna já passou da morte para a vida.  Quem tem a vida eterna tem um futuro esperançoso e eterno, onde lhe aguarda o paraíso, lá não haverá mais dor, lagrimas, perdas, despedidas, pois todas essas coisas passaram.
            O que eu faço para ganhar a vida eterna?.... Nada, absolutamente nada porque Deus já fez tudo por você na cruz do calvário para te dar a vida eterna. Arrependa-se dos seus pecados e creia em Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador e a vida eterna habitara em você. Em nome de Jesus, a fonte da vida eterna. Amém.
Anderson Rodrigo Henn    Macapá- AP 13/10/2012         

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Divórcio e Casamento



Marcos 10.2-16
Tema: Divórcio e  casamento
Falarmos em permanecer juntos, fiéis um ao outro até  que a morte os separe, nos dias atuais, parece ser cada vez mais difícil. O individualismo, a banalização da família, o egoísmo, o materialismo, consumismo, o sexo antes do casamento,  promiscuidade,  tudo isso trabalho contra o propósito de Deus para o homem e a mulher de viverem juntos felizes no casamento até que a morte os separe.  As estatísticas em todo o mundo apontam para um crescente número de divórcios. Na Inglaterra, por exemplo, o número de casais que se divorcia, após um segundo casamento, ultrapassa aos 50%. Seria este um mal da modernidade? Estamos nós cristãos livres deste problema?
A prova que este não é um mal dos tempos atuais é o próprio texto de Marcos. Já no tempo de Jesus, e mesmo antes dele, no tempo de Moisés, o divórcio se fazia presente nas diferentes sociedades e mesmo no meio do povo de Deus. Nós como povo de Deus não estamos infelizmente, livres deste problema, tampouco as famílias pastorais.. O que  fazer? Podemos nós concordar com o divórcio? Nossa igreja apóia o divórcio? Porque casais se divorciam?
Comecemos por esta última pergunta. Se fizermos um rápido levantamento, veremos que as respostas para esta pergunta poderão ser as seguintes: “acabou o amor”, incompatibilidade de gênios”, “ele/ela não me entende”, “ele/ela mudou muito”, etc. Seriam estas as verdadeiras razões para que os divórcios aconteçam? Haveria, porventura, uma razão maior, mais forte e real para que os divórcios aconteçam?
Analisemos o texto de Mt 10.2-12. Neste texto, alguns fariseus queriam pôr Jesus a prova e por isso o “experimentaram” sobre a possibilidade ou não de haver divórcios.  (Vale lembrar que havia em Israel um  grupo de estudiosos que acreditava que o divórcio poderia ser requerido sob qualquer motiv, e outro grupo que acreditava que somente em caso de adultério. Os dois grupos só abriam a possibilidade do homem dar carta de divórcio. Em hipótese alguma a mulher tinha este direito).
Jesus se reporta a dois  ensinamentos do Antigo Testamento. Em primeiro lugar ao fato de que Moisés havia permitido dar carta de divórcio em caso de adultério. Ao mesmo tempo Jesus  chama a atenção dos fariseus que havia no AT um outro ensinamento, mais importante do que o divórcio: a instituição do casamento (vers. 6-9- Mas no começo, quando foram criadas todas as coisas, foi dito: “Deus os fez homem e mulher. Por isso o homem deixa seu pai e sua mãe para se unir com a sua mulher, e os dois se tornam uma só pessoa”. Assim, já não são duas pessoas, mas uma só. Portanto, que ninguém separe o que Deus uniu  ). Jesus aponta que o divórcio foi apenas uma permissão, uma exceção a regra que é o casamento. A queda do ser humano em pecado afetou  tudo, também o casamento, mas  acima tudo a vontade de Deus sempre foi e sempre será o casamento indissolúvel, enquanto ambos viverem.
O Salvador chama a atenção  que a exceção do divórcio foi permitida por Deus em algumas situações, não para que se tornasse regra ou uma possibilidade que está sempre diante de nós. Mas foi permitida, em alguns casos, visando auxiliar o ser humano que se deixa levar pelo pecado, que no momento não tem forças para resistir e reconciliar-se, reiniciar de novo sua vida matrimonial. Deus permite esta possibilidade para que um casal que está se deixando dominar pelo pecado, talvez não caia em mais pecados ainda permanecendo juntos e destruindo-se mutuamente.
Contudo, assim como alguns podem pecar ainda mais se continuarem juntos, assim também a separação não é meramente por incompatibilidade, incompreensão, falta de amor, mas sim, com já foi dito, pelo domínio do pecado em suas vidas, que chegou ao ponto de não conseguir conviver com alguém livremente escolhido e a quem prometeu, perante Deus, de viver ao seu lado durante toda a vida. Sendo assim, o divórcio é pecado. Pecado que pode levar a condenação eterna, se não houver arrependimento sincero.
Assim como divórcio é pecado , também é pecado  o iniciar  um casamento  mesmo já antevendo  a possibilidade  de um divórcio, como também é pecado acreditar que o divórcio é uma possibilidade ao qual qualquer um pode recorrer livremente ou eu poderia desejar para alguma outra pessoa.
Assim como outros pecados, o divórcio também é perdoado por Deus quando confessado e solicitado o perdão,  ao mesmo tempo que se pede perdão para o ex-conjuge.
Se até agora falamos apenas em separação e divórcio, muito mais devemos falar em casamento e continuidade do mesmo. Talvez muitos se separem por que não “investem” no casamento tudo que poderiam.
            Todos os dias vemos pessoas fazendo enormes sacrifícios para comprar uma casa, para comprar um carro, para cursar uma faculdade, fazer mestrado e outros tantos motivos. Se dedicassem o mesmo esforço para manterem  a vida matrimonial através de uma renovação no amor, tentando ver o que o outro precisa, buscando agradar o conjuge, buscando resolver os problemas de forma correta, recorrendo a conselheiros idôneos, capacitados, recorrendo ao pastor, a casais com maior experiência, mais casais encontrarão apoio e forças para seu matrimônio. Acima de tudo, mais casais poderão ser felizes.
            A vontade de Deus é que o homem e mulher sejam  felizes no seu casamento. A vontade de Deus é que o casamento seja uma pequena amostra antecipada do céu .  Mesmo depois da queda Deus continua abençoando o matrimonio. É Deus quem institui o casamento. É Deus quem une homem e mulher no casamento criando  o milagre do amor conjugal no coraação de um homem e mulher. O amor de um homem e mulher é o vinculo mais forte do que aquele que existe entre pais e filhos. “ Por esta causa deixará o homem pai e mãe, e se une aà sua mulher, tornando-se os dois uma só carne”. Trata-se da união de duas metades que se completam é  como que coladas, formam uma unidade completa.
            Homem e mulher, mesmo imperfeitos, sim, pecadores, como discípulos de Jesus, seguem o mestre; olham para a cruz. Na cruz eles  vivem, respiram e caminham sob o perdão de Cristo, e neste perdão dado através da Palavra e Santa Ceia são capacitados a perdoarem os erros um do outro, amparam-se e ajudam- se mutuamente para que possam viver juntos e serem felizes até que a morte os separe.       
            E aqueles que tiverem a infelicidade de passarem por uma separação ou divorcia, Deus em sua graça os perdoa e quer curar suas  cicatrizes da alma e restaurar suas vidas.  Pois Deus não rejeita um coração que lamenta e chora pelos seus pecados e dores.
            Em nome de Jesus que honra o casamento e  que nos diz em sua Palavra em Hebreus 13.4 “que o casamento seja respeitado por todos, e que os maridos e esposas sejam fiéis um ao outro.” Amém

Adaptado         Culto 06/10/2012

terça-feira, 2 de outubro de 2012


Mês de setembro- Batismos, profissão de fé, confirmação e casamento.

Dia 16 de setembro Priscila foi batizado fez profissão de fé.

 No dia 8 de setembro o casal Daniele e Sebastião fizeram profissão de fé e seu filho Wesley foi batizado.




A turma de confirmandos. Culto do dia 22 de setembro. Fabricio, Beatriz e Lais.






Alguns dos novos membros da Congregação Cristo Para Todos  de Macapa. Trabalho de um ano. confirmação, batismos, instrução de adultos.  
 Priscila, Daniele, Wesley, Elizangela, Andre, Solange, Eliana, Cilene, Fabricio, Lais, Beatriz
 Turminha legal.... Vou sentir saudades....



                          Casamento de Maria das Neves e Luiz. Dia 30 de setembro.








terça-feira, 10 de julho de 2012

Batismo de Yuke de Araujo Damasceno- sermão vivo da graça de Deus

  No culto do dia 07 a congregação Cristo para Todos teve a oportunidade de assistir um sermão vivo e visivel da graça de DEus. Essa graça acolheu o pequeno Yuke através das aguas do santo Batismo. O Batismo nos mostra que a graça de Deus não faz discriminação de idade, mas  acolhe a todos crianças e adultos. Também foi lembrado que o batismo não é um ato isolado do passado, mas é algo presente e diário e nos traz grande consolo. Quando dificulades se abaterem sobre nós e começamos  a perguntar se Deus é por nós, devemos lembrar que através do nosso Batismo o Deus Triuno esta comprometido a estar conosco por toda a longa caminhada da vida. Deus não abandona um membro de sua familia. Quando a culpa pelos nossos pecados tentar nos levar ao desespero e para longe de Deus, lembremos que pelas aguas do Batismo há graça sobre graça, perdão sob perdão, pois fomos conectados a Cristo Jesus. É uma maravilhosa benção e consolo o Batismo de Deus. 

 


         

terça-feira, 3 de julho de 2012

Festas Juninas


Festas Juninas

Na tradição brasileira, junho é mês de festa, quentão, quadrinha e de comemorar o dia dos santos padroeiros: Santo Antônio, São Pedro e São João.
Chapéu de palha, fantasia de caipira, rojão, busca-pé, balão, bombinha. É assim que muitas pessoas festejam o dia de Santo Antônio, São Pedro e São João.
Estas festas têm uma origem muito antiga. Antes do nascimento de Jesus Cristo os povos pagãos do hemisfério norte celebravam o solstício de verão, ou seja: o dia mais longo e mais quente do ano, que lá acontece no mês de junho. Era o início do verão, do tempo das águas.
Nestas festas, a fim de promover a fertilidade da terra e garantir boas colheitas, havia fogueiras, danças e comidas típicas. Com o avanço do cristianismo a igreja incorporou estas festas no seu calendário.
Os colonizadores portugueses trouxeram estas festividades para o Brasil e aqui elas ganharam cores e sabores influenciados pelos índios e pelos negros, responsáveis pela mão de obra e pela cozinha na era da colonização. É por isso que hoje, além do quentão e da fogueira, se usa nestas festas quitutes de milho, amendoim e mandioca, alimentos básicos para a fabricação de bolos, tapioca, paçoca, pé-de-moleque e pamonha.
Estas festas, embora servissem para homenagear os grandes santos da igreja, viraram festas mundanas, que nada tem de santo. A maioria das pessoas que celebram as festas juninas nem sabem a quem estão homenageando, ou seja: não sabem nada a respeito de João Batista, Pedro e Antônio. Por isso, na nossa mensagem de hoje, aproveitando a data, queremos falar um pouco sobre estes três personagens.
Como para nós eles são seres mortais, pecadores como qualquer outra pessoa, nós não os chamaremos de santos, mas sim pelos seus nomes, como eram conhecidos na época em que viveram.
Comecemos pelo Antônio, o santo casamenteiro. Antônio era um missionário da ordem dos franciscanos, que nasceu em Lisboa no ano de 1195. Foi um grande pregador. Ele ficou conhecido na época pela dedicação que tinha aos pobres. Hoje, no entanto, ele é mais conhecido como aquele que arranja bons partidos para o namoro e o casamento. É o santo casamenteiro. Por isso, o dia doze de junho, dia do seu aniversário, além do dia de Santo Antônio, se comemora também o dia dos namorados, o santo casamenteiro.
Como o seu nome não está na Bíblia e a história fala muito pouco dele, não temos muita coisa a dizer sobre esse personagem, além do que foi dito. A única coisa que poderíamos acrescentar é que Antônio deve de servir de exemplo para nós de como ajudar aos pobres e necessitados.
Dia de São João, o santo festeiro. Segundo a tradição, a mãe de João Batista fez um trato com a sua prima Maria, que no dia em que o menino nascesse faria uma fogueira para avisá-la. E Isabel fez o que ela combinou: no dia do nascimento de João Batista fez uma grande fogueira para avisar a Maria. Por isso é que hoje no dia de São João se usam fogueiras, balões e fogos de artifícios para festejar o dia.
Segundo as Escrituras Sagradas, João Batista era o precursor de Jesus, aquele que prepararia o coração das pessoas para que Jesus pudesse entrar. A sua mensagem era: “Arrependei-vos, porque já está próximo o reino dos céus”.
Muitas pessoas vieram a João Batista, pedindo que ele o batizasse. Porém, a maioria vinha a ele sem estar verdadeiramente arrependido. A estes João chamou de raças de víboras, sepulcros caiados e hipócritas. Disse que se eles não se arrependessem verdadeiramente dos seus pecados eles seriam cortados e lançados no fogo, assim como se faz como uma árvore infrutífera.
A pregação de João Batista nos mostra de que Deus não aceita fingimento, hipocrisia e falsidade. O que Deus quer é uma mudança interior. O verdadeiro cristão deve viver conforme a sua fé, pois a fé sem obras é morta.
Dia de São Pedro, o santo dos pescadores. Segundo a crença popular, Pedro guarda as chaves do céu, lava o assoalho quando chove e arrasta os móveis quando troveja. Por ter sido pescador, Pedro é tido como o patrono dos pescadores.
A Bíblia nos diz que Pedro era um dos discípulos de Jesus. Certa vez Jesus perguntou quem o povo achava que ele era. E Pedro respondeu dizendo: “Tu és o Cristo, o Filho”. Jesus elogiou a resposta de Pedro e acrescentou, dizendo: “Tu és Pedro, sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do reino dos céus. O que ligares na terra terá sido ligado nos céus. O que desligares na terra, terá sido desligado no céu” (Mateus 16.18,19).
À base desse versículo, muitos acham que Pedro seja o porteiro do céu. É ele quem decide quem deve ou não deve entrar no céu. Outros vão mais longe ainda: acham que Pedro controla o tempo, mandando chuva e fazendo trovejar. Mas isso é uma idéia errada.
Quando Jesus estava entregando as chaves do reino dos céus para Pedro, Jesus estava dando para ele o poder de perdoar pecados e reter o perdão. Mais adiante Jesus daria esse mesmo poder também aos outros discípulos.
Em João, capítulo 20, Jesus explica melhor o que significa isso, ao dizer: “Recebei o Espírito Santo. Se de alguns perdoardes os pecados, são-lhes perdoados; se lhos retiverdes, são retidos” (João 20.16).
Hoje quem exerce esse poder de perdoar pecados e reter o perdão é o pastor. Ele o faz, quando no culto público, após a confissão de pecados, diz: “Em virtude desta sua confissão, na qualidade de ministro da Palavra, chamado e ordenado, eu lhes perdôo todos os pecados. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém”.
Esse trabalho do pastor é chamado de Ofício das Chaves, que segundo Lutero “é o poder peculiar que Cristo deu a sua igreja na terra para perdoar os pecados aos pecadores penitentes, e retê-los aos impenitentes, enquanto não se arrependerem”.
Mais adiante, explicando o que significam essas palavras, Lutero diz: “Creio que tudo quanto os ministros de Cristo, devidamente chamados, fazem conosco, é tão certo e válido no céu, como se Cristo tratasse pessoalmente conosco, especialmente quando excluem da congregação cristã os pecadores impenitentes e absolvem aqueles que se arrependem dos seus pecados”.
Pedro, em Pentecostes, ele mostrou como isso funciona. Primeiro ele apontou o dedo para aqueles que mataram a Jesus, dizendo que eles iriam pagar caro por esse seu ato. Quando aquela grande multidão se mostrou arrependida pelo que fez, Pedro lhes anunciou o perdão, dizendo: “Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para o perdão de vossos pecados e recebereis o dom do Espírito Santo” (Atos 2.38).
Pedro deve servir de exemplo para nós. De um lado, devemos ser duros com o pecado: não deixar que as pessoas façam o que bem entendem, fechando os olhos como se não tivesse acontecido nada. Mas, de outro lado, quando uma pessoa se arrepende do erro que cometeu e quer corrigir a sua vida, nós a devemos perdoar e aceitá-la novamente como irmão na fé.
Não há pecado que Deus não possa perdoar. Jesus perdoou a Zaqueu, a Maria Madalena e ao Malfeitor na cruz. Por isso nós devemos também perdoar uns aos outros, de maneira especial ao irmão na fé, que errou, mas está arrependido e promete se corrigir.
Embora o dia de Santo Antônio, São João e São Pedro sejam hoje festas puramente mundanas, não faz mal a igreja lembrar a vida e os feitos desses grandes homens de Deus.
João Batista nos mostra que Deus não aceita fingimento; Pedro nos mostra que Deus é capaz de perdoar qualquer pecado; e Antônio nos mostra que, como filhos de Deus, devemos fazer sempre o bem aos outros, de modo especial, aos necessitados.
Imitemos, pois, esses nossos guias, conforme nos recomenda o autor da carta aos Hebreus, pois eles nos deixaram valiosos exemplos: “Lembrai-vos de vossos guias, os quais vos pregaram a palavra Deus; e considerai atentamente o fim da sua vida, imitai a fé que tiveram” (Hebreus 13.7).

Pastor Lindolfo Pieper