Grupo Musical da congregação Cristo Para Todos
O pastor licenciado Luis Antonio dos Santos tem dirigido o grupo de musica da Congregação. Foto da turma que se reune todas as sextas-feiras para ensair as músicas do culto.
domingo, 21 de outubro de 2012
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
Vida eterna
Mc10.
17-22
Tema:
vida eterna
Verso
17: Bom Mestre, o que devo fazer para conseguir a vida eterna?
O
que você faria para conseguir a vida eterna? Qual é o sacrifício que faria para obter a
vida eterna? Doaria todos os teus bens para
os pobres. Viveria uma vida de reclusão e abstenção de todos os prazeres. Cumpriria
100% os mandamentos de Deus. Faria romarias debaixo de um calor infernal (Círio
de Macapá e Belém...) para agradar um
santo e assim obter o favor de Deus. Enfim, o que você faria para ganhar a vida
eterna?
Esta pergunta angustia, deprime,
apavora, incomoda e tira o sono de milhões e milhões de pessoas. O que devo fazer
para consegui a vida eterna? A ciência sonha em conseguir a formula da
vida eterna, mas o máximo que ela consegue é prolongar esta mísera existência.
A ciência nunca poderá dar a vida eterna.
Esta mesma pergunta estava
angustiando um jovem que se dirigiu a
Jesus. Os evangelistas Mateus e Lucas acrescentam
que era um jovem importante e rico. Esse jovem possuía “tudo”, mas lhe faltava a
riqueza mais importante de um ser humano:
a vida eterna. Muitas pessoas são como aquele jovem possuem tudo o que alguém pode sonhar viagens no
exterior, uma bela mansão, uma bela família, um belo emprego, um casal de
cachorro de pedigree ( raça) saúde,
status, festas...mas mesmo assim são
pessoas que vivem angustiadas, vazias pois lhe falta o principal, e que dá
sentido a todo o resto - a vida eterna.
Esse jovem chega a Jesus pensando
que através de uma vida virtuosa poderá
conquistar a vida eterna. A confiança desse jovem estava em sua lista de realizações morais. A segurança desse jovem para obter a vida
eterna estava nas suas obras da justiça.
“
Afinal. Sou um cara bom. Não mato, não cometo adultério, não roubo, não dou
falso testemunho contra ninguém, não tiro nada dos outros, respeito meu pai e
minha mãe, eu mereço a vida eterno, eu mereço a salvação”.
Não é assim que a maioria das
pessoas pensa. Quase todas as pessoas
pensam que através de uma observação externa dos mandamentos elas merecem a
vida eterna. São pessoas envolvidas num orgulho farisaico. São pessoas que externamente cumprem os
mandamentos. São pessoas que acham que serão aceitos por Deus no ultimo dia por
causa dessa justiça própria, justiça humana, que a bíblia chama de trapos de imundícia, fralda
suja de bebe.
Jesus havia notado que este jovem
estava totalmente satisfeito com sua honradez externa, vista pelas pessoas.
Pessoas dessa mentalidade, quando vivem tão descansadas em sua auto-justiça, em
suas obras, sempre precisam ser lembradas do cumprimento total e perfeito da
lei de Deus. Somente quando a pessoa enxerga através da lei que não consegue
cumprir os mandamentos de Deus de forma perfeita, que é pecador, que está
perdido e condenado por causa dos seus pecados, poderá haver arrependimento
e assim poderá ser salvo.
Jesus aponta para a ferida desse
jovem em não cumprir os mandamentos.
Jesus olhou para ele com amor e disse.
-
“ Falta mais uma coisa para você fazer: vá, venda tudo o que tem e dê o
dinheiro aos pobres e assim você terá riquezas no céu. Depois venha e me siga.”
O amor desse jovem pelas riquezas e sua recusa em abandoná-las e
seguir a Jesus mostra que ele quebrou o grande mandamento da lei. “Amarás o
Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de toda a tua
força."
Jesus mostrou a ferida para este
jovem - o amor ao dinheiro o impossibilitava
de amar a Deus. Esse jovem não havia cumprido o principal dos mandamentos, o
primeiro mandamento. Por amar as riquezas mais que Deus esse jovem retirou- se
triste da presença de Jesus.
O evangelho de hoje nos quer ensinar que o ser humano por meio da sua
justiça, a justiça moral não consegue de maneira alguma obter a vida eterna.
Através da lei de Deus podemos até cumprir externamente os mandamentos da 2º tabua,
mas é impossível para o ser humano caído por suas próprias forças cumprir os
mandamentos da 1º tabua que pedem o amor, confiança e fé em Deus acima de todas
as coisas. Os Mandamentos são um espelho
que nos mostram nossa podridão, nossa feiúra, nossos pecados. Os mandamentos
nos mostram que nós seres humanos estamos doente, somos pecadores e o quanto precisamos do remédio para curar nossos
pecados- esse remédio é Jesus Cristo-
através da sua obra redentora na cruz do calvário temos perdão, vida e salvação. Através da fé
em Cristo, o Espírito nos capacita mesmo de maneira imperfeita, a cumprirmos os
mandamentos de Deus. O que é impossível para o ser humano que é amar, confiar e
ter fé em Deus, Deus mesmo realiza em nossos corações através do Espírito Santo
que vive nos cristãos.
O apostolo Paulo antes da sua conversão era um jovem parecido
com o jovem do evangelho de hoje.
Acreditava que através da observância da lei Deus o iria justificar, salvar e
assim ganharia a vida eterna. Até que um
dia ele caiu por graça de Deus da sua justiça própria e conheceu a Cristo. E
ele deve uma mudança radical na sua mentalidade, diz ele em Filipenses que por
causa de Cristo considera o passado, sua justiça própria, como lixo, esterco
para ganhar uma justiça perfeita e melhor que é a justiça que nos é dado pela
fé em Jesus Cristo. Paulo nos diz: “Eu já não procura mais ser aceito por Deus
por causa da minha obediência à lei. Pois agora é por meio da minha fé em
Cristo que sou aceito; essa aceitação vem de Deus e se baseia na fé”.
Já que é impossível o ser humano
através da obediência a lei, das obras, da justiça moral obter a vida eterna, a
pergunta que fica como então obtemos a vida eterna? A pergunta está errada, a
pergunta não deve ser centrada no ser humano, no que ele faz para ganhar a vida,
mas sim em Deus, o que Deus fez e faz para dar a vida eterna ao ser humano. Então,
a pergunta certa deve ser. O que Deus
fez para dar a vida eterna ao ser humano? E a resposta é: Porque o amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho Jesus Cristo
para que todo aquele que nele Crê não morra, mas tenha a vida eterna e- Quem
crê no filho Jesus Cristo tem a vida eterna- eu afirmo a vocês que isto é
verdade: quem ouve as minhas palavras e crê naquele que me enviou tem a vida
eterna e não será julgado, mas jê passou da morte para a vida.
A vida eterna é um presente que Deus
dá ao ser humano gratuitamente por meio de Jesus Cristo. A vida eterna não é conquistado
por nossos esforços, obras, nossos trapos imundos de justiça, nossos jejuns, nossos romarias num
calor infernal. A vida eterna é graça de Deus. A vida eterna é um presente de
Deus. E o que é a vida eterna? A vida
eterna é comunhão com Deus, é paz, alegria, perdão, salvação. Quem crê em Jesus como seu Senhor e Salvador
já tem, hoje, agora, neste exato momento a vida eterna morando em seu ser. Quem
Tem Jesus tem a vida eterna. Quem tem a vida eterna já passou da morte para a
vida. Quem tem a vida eterna tem um
futuro esperançoso e eterno, onde lhe aguarda o paraíso, lá não haverá mais
dor, lagrimas, perdas, despedidas, pois todas essas coisas passaram.
O que eu faço para ganhar a vida
eterna?.... Nada, absolutamente nada porque Deus já fez tudo por você na cruz
do calvário para te dar a vida eterna. Arrependa-se dos seus pecados e creia em
Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador e a vida eterna habitara em você. Em
nome de Jesus, a fonte da vida eterna. Amém.
Anderson Rodrigo Henn
Macapá- AP 13/10/2012
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Divórcio e Casamento
Marcos 10.2-16
Tema: Divórcio e casamento
Falarmos
em permanecer juntos, fiéis um ao outro até
que a morte os separe, nos dias atuais, parece ser cada vez mais
difícil. O individualismo, a banalização da família, o egoísmo, o materialismo,
consumismo, o sexo antes do casamento, promiscuidade, tudo isso trabalho contra o propósito de Deus
para o homem e a mulher de viverem juntos felizes no casamento até que a morte
os separe. As estatísticas em todo o
mundo apontam para um crescente número de divórcios. Na Inglaterra, por
exemplo, o número de casais que se divorcia, após um segundo casamento,
ultrapassa aos 50%. Seria este um mal da modernidade? Estamos nós cristãos
livres deste problema?
A prova
que este não é um mal dos tempos atuais é o próprio texto de Marcos. Já no
tempo de Jesus, e mesmo antes dele, no tempo de Moisés, o divórcio se fazia presente
nas diferentes sociedades e mesmo no meio do povo de Deus. Nós como povo de
Deus não estamos infelizmente, livres deste problema, tampouco as famílias
pastorais.. O que fazer? Podemos nós
concordar com o divórcio? Nossa igreja apóia o divórcio? Porque casais se
divorciam?
Comecemos
por esta última pergunta. Se fizermos um rápido levantamento, veremos que as
respostas para esta pergunta poderão ser as seguintes: “acabou o amor”, incompatibilidade
de gênios”, “ele/ela não me entende”, “ele/ela mudou muito”, etc. Seriam estas
as verdadeiras razões para que os divórcios aconteçam? Haveria, porventura, uma
razão maior, mais forte e real para que os divórcios aconteçam?
Analisemos
o texto de Mt 10.2-12. Neste texto, alguns fariseus queriam pôr Jesus a prova e
por isso o “experimentaram” sobre a possibilidade ou não de haver
divórcios. (Vale lembrar que havia em
Israel um grupo de estudiosos que
acreditava que o divórcio poderia ser requerido sob qualquer motiv, e outro
grupo que acreditava que somente em caso de adultério. Os dois grupos só abriam
a possibilidade do homem dar carta de divórcio. Em hipótese alguma a mulher
tinha este direito).
Jesus se
reporta a dois ensinamentos do Antigo
Testamento. Em primeiro lugar ao fato de que Moisés havia permitido dar carta
de divórcio em caso de adultério. Ao mesmo tempo Jesus chama a atenção dos fariseus que havia no AT
um outro ensinamento, mais importante do que o divórcio: a instituição do
casamento (vers. 6-9- Mas no começo, quando foram criadas todas as coisas, foi
dito: “Deus os fez homem e mulher. Por isso o homem deixa seu pai e sua mãe
para se unir com a sua mulher, e os dois se tornam uma só pessoa”. Assim, já
não são duas pessoas, mas uma só. Portanto, que ninguém separe o que Deus uniu ). Jesus aponta que o divórcio foi apenas uma
permissão, uma exceção a regra que é o casamento. A queda do ser humano em
pecado afetou tudo, também o casamento,
mas acima tudo a vontade de Deus sempre
foi e sempre será o casamento indissolúvel, enquanto ambos viverem.
O
Salvador chama a atenção que a exceção
do divórcio foi permitida por Deus em algumas situações, não para que se tornasse
regra ou uma possibilidade que está sempre diante de nós. Mas foi permitida, em
alguns casos, visando auxiliar o ser humano que se deixa levar pelo pecado, que
no momento não tem forças para resistir e reconciliar-se, reiniciar de novo sua
vida matrimonial. Deus permite esta possibilidade para que um casal que está se
deixando dominar pelo pecado, talvez não caia em mais pecados ainda
permanecendo juntos e destruindo-se mutuamente.
Contudo,
assim como alguns podem pecar ainda mais se continuarem juntos, assim também a
separação não é meramente por incompatibilidade, incompreensão, falta de amor,
mas sim, com já foi dito, pelo domínio do pecado em suas vidas, que chegou ao
ponto de não conseguir conviver com alguém livremente escolhido e a quem prometeu,
perante Deus, de viver ao seu lado durante toda a vida. Sendo assim, o divórcio
é pecado. Pecado que pode levar a condenação eterna, se não houver
arrependimento sincero.
Assim
como divórcio é pecado , também é pecado
o iniciar um casamento mesmo já antevendo a possibilidade de um divórcio, como também é pecado
acreditar que o divórcio é uma possibilidade ao qual qualquer um pode recorrer
livremente ou eu poderia desejar para alguma outra pessoa.
Assim
como outros pecados, o divórcio também é perdoado por Deus quando confessado e
solicitado o perdão, ao mesmo tempo que
se pede perdão para o ex-conjuge.
Se até
agora falamos apenas em separação e divórcio, muito mais devemos falar em
casamento e continuidade do mesmo. Talvez muitos se separem por que não
“investem” no casamento tudo que poderiam.
Todos os dias vemos pessoas fazendo
enormes sacrifícios para comprar uma casa, para comprar um carro, para cursar
uma faculdade, fazer mestrado e outros tantos motivos. Se dedicassem o mesmo
esforço para manterem a vida matrimonial
através de uma renovação no amor, tentando ver o que o outro precisa, buscando
agradar o conjuge, buscando resolver os problemas de forma correta, recorrendo
a conselheiros idôneos, capacitados, recorrendo ao pastor, a casais com maior
experiência, mais casais encontrarão apoio e forças para seu matrimônio. Acima
de tudo, mais casais poderão ser felizes.
A vontade de Deus é que o homem e mulher
sejam felizes no seu casamento. A vontade de Deus é que o casamento seja uma
pequena amostra antecipada do céu . Mesmo depois da queda Deus continua abençoando
o matrimonio. É Deus quem institui o casamento. É Deus quem une homem e mulher
no casamento criando o milagre do amor conjugal
no coraação de um homem e mulher. O amor de um homem e mulher é o vinculo mais
forte do que aquele que existe entre pais e filhos. “ Por esta causa deixará o
homem pai e mãe, e se une aà sua mulher, tornando-se os dois uma só carne”.
Trata-se da união de duas metades que se completam é como que coladas, formam uma unidade completa.
Homem e mulher, mesmo imperfeitos,
sim, pecadores, como discípulos de Jesus, seguem o mestre; olham para a cruz.
Na cruz eles vivem, respiram e caminham
sob o perdão de Cristo, e neste perdão dado através da Palavra e Santa Ceia são
capacitados a perdoarem os erros um do outro, amparam-se e ajudam- se
mutuamente para que possam viver juntos e serem felizes até que a morte os
separe.
E aqueles que tiverem a infelicidade
de passarem por uma separação ou divorcia, Deus em sua graça os perdoa e quer
curar suas cicatrizes da alma e restaurar
suas vidas. Pois Deus não rejeita um
coração que lamenta e chora pelos seus pecados e dores.
Em nome de Jesus que honra o casamento
e que nos diz em sua Palavra em Hebreus
13.4 “que o casamento seja respeitado por todos, e que os maridos e esposas
sejam fiéis um ao outro.” Amém
Adaptado Culto 06/10/2012
terça-feira, 2 de outubro de 2012
Mês de setembro- Batismos, profissão de fé, confirmação e casamento.
Dia 16 de setembro Priscila foi batizado fez profissão de fé.
No dia 8 de setembro o casal Daniele e Sebastião fizeram profissão de fé e seu filho Wesley foi batizado.
A turma de confirmandos. Culto do dia 22 de setembro. Fabricio, Beatriz e Lais.
Alguns dos novos membros da Congregação Cristo Para Todos de Macapa. Trabalho de um ano. confirmação, batismos, instrução de adultos.
Priscila, Daniele, Wesley, Elizangela, Andre, Solange, Eliana, Cilene, Fabricio, Lais, Beatriz
Turminha legal.... Vou sentir saudades....
Casamento de Maria das Neves e Luiz. Dia 30 de setembro.
terça-feira, 10 de julho de 2012
Batismo de Yuke de Araujo Damasceno- sermão vivo da graça de Deus
No culto do dia 07 a congregação Cristo para Todos teve a oportunidade
de assistir um sermão vivo e visivel da graça de DEus. Essa graça
acolheu o pequeno Yuke através das aguas do santo Batismo. O Batismo nos
mostra que a graça de Deus não faz discriminação de idade, mas acolhe a
todos crianças e adultos. Também foi lembrado que o batismo não é um
ato isolado do passado, mas é algo presente e diário e nos traz grande
consolo. Quando dificulades se abaterem sobre nós e começamos a
perguntar se Deus é por nós, devemos lembrar que através do nosso
Batismo o Deus Triuno esta comprometido a estar conosco por toda a longa
caminhada da vida. Deus não abandona um membro de sua familia. Quando a
culpa pelos nossos pecados tentar nos levar ao desespero e para longe
de Deus, lembremos que pelas aguas do Batismo há graça sobre graça,
perdão sob perdão, pois fomos conectados a Cristo Jesus. É uma
maravilhosa benção e consolo o Batismo de Deus.
terça-feira, 3 de julho de 2012
Festas Juninas
Festas Juninas
Na
tradição brasileira, junho é mês de festa, quentão, quadrinha e de comemorar o
dia dos santos padroeiros: Santo Antônio, São Pedro e São João.
Chapéu de
palha, fantasia de caipira, rojão, busca-pé, balão, bombinha. É assim que
muitas pessoas festejam o dia de Santo Antônio, São Pedro e São João.
Estas
festas têm uma origem muito antiga. Antes do nascimento de Jesus Cristo os
povos pagãos do hemisfério norte celebravam o solstício de verão, ou seja: o
dia mais longo e mais quente do ano, que lá acontece no mês de junho. Era o
início do verão, do tempo das águas.
Nestas
festas, a fim de promover a fertilidade da terra e garantir boas colheitas, havia
fogueiras, danças e comidas típicas. Com o avanço do cristianismo a igreja
incorporou estas festas no seu calendário.
Os
colonizadores portugueses trouxeram estas festividades para o Brasil e aqui
elas ganharam cores e sabores influenciados pelos índios e pelos negros,
responsáveis pela mão de obra e pela cozinha na era da colonização. É por isso
que hoje, além do quentão e da fogueira, se usa nestas festas quitutes de
milho, amendoim e mandioca, alimentos básicos para a fabricação de bolos,
tapioca, paçoca, pé-de-moleque e pamonha.
Estas
festas, embora servissem para homenagear os grandes santos da igreja, viraram
festas mundanas, que nada tem de santo. A maioria das pessoas que celebram as
festas juninas nem sabem a quem estão homenageando, ou seja: não sabem nada a
respeito de João Batista, Pedro e Antônio. Por isso, na nossa mensagem de hoje,
aproveitando a data, queremos falar um pouco sobre estes três personagens.
Como para
nós eles são seres mortais, pecadores como qualquer outra pessoa, nós não os chamaremos
de santos, mas sim pelos seus nomes, como eram conhecidos na época em que
viveram.
Comecemos
pelo Antônio, o santo casamenteiro. Antônio era um missionário da ordem dos
franciscanos, que nasceu em Lisboa no ano de 1195. Foi um grande pregador. Ele
ficou conhecido na época pela dedicação que tinha aos pobres. Hoje, no entanto,
ele é mais conhecido como aquele que arranja bons partidos para o namoro e o
casamento. É o santo casamenteiro. Por isso, o dia doze de junho, dia do seu
aniversário, além do dia de Santo Antônio, se comemora também o dia dos
namorados, o santo casamenteiro.
Como o
seu nome não está na Bíblia e a história fala muito pouco dele, não temos muita
coisa a dizer sobre esse personagem, além do que foi dito. A única coisa que
poderíamos acrescentar é que Antônio deve de servir de exemplo para nós de como
ajudar aos pobres e necessitados.
Dia de
São João, o santo festeiro. Segundo a tradição, a mãe de João Batista fez um trato com a sua prima
Maria, que no dia em que o menino nascesse faria uma fogueira para avisá-la. E
Isabel fez o que ela combinou: no dia do nascimento de João Batista fez uma
grande fogueira para avisar a Maria. Por isso é que hoje no dia de São João se
usam fogueiras, balões e fogos de artifícios para festejar o dia.
Segundo
as Escrituras Sagradas, João Batista era o precursor de Jesus, aquele que
prepararia o coração das pessoas para que Jesus pudesse entrar. A sua mensagem
era: “Arrependei-vos, porque já está próximo o reino dos céus”.
Muitas
pessoas vieram a João Batista, pedindo que ele o batizasse. Porém, a maioria
vinha a ele sem estar verdadeiramente arrependido. A estes João chamou de raças
de víboras, sepulcros caiados e hipócritas. Disse que se eles não se
arrependessem verdadeiramente dos seus pecados eles seriam cortados e lançados
no fogo, assim como se faz como uma árvore infrutífera.
A
pregação de João Batista nos mostra de que Deus não aceita fingimento,
hipocrisia e falsidade. O que Deus quer é uma mudança interior. O verdadeiro
cristão deve viver conforme a sua fé, pois a fé sem obras é morta.
Dia de
São Pedro, o santo dos pescadores. Segundo a crença popular, Pedro guarda as chaves
do céu, lava o assoalho quando chove e arrasta os móveis quando troveja. Por
ter sido pescador, Pedro é tido como o patrono dos pescadores.
A Bíblia
nos diz que Pedro era um dos discípulos de Jesus. Certa vez Jesus perguntou
quem o povo achava que ele era. E Pedro respondeu dizendo: “Tu és o Cristo, o
Filho”. Jesus elogiou a resposta de Pedro e acrescentou, dizendo: “Tu és Pedro,
sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não
prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do reino dos céus. O que ligares
na terra terá sido ligado nos céus. O que desligares na terra, terá sido
desligado no céu” (Mateus 16.18,19).
À base
desse versículo, muitos acham que Pedro seja o porteiro do céu. É ele quem
decide quem deve ou não deve entrar no céu. Outros vão mais longe ainda: acham
que Pedro controla o tempo, mandando chuva e fazendo trovejar. Mas isso é uma
idéia errada.
Quando
Jesus estava entregando as chaves do reino dos céus para Pedro, Jesus estava
dando para ele o poder de perdoar pecados e reter o perdão. Mais adiante Jesus
daria esse mesmo poder também aos outros discípulos.
Em João,
capítulo 20, Jesus explica melhor o que significa isso, ao dizer: “Recebei o
Espírito Santo. Se de alguns perdoardes os pecados, são-lhes perdoados; se lhos
retiverdes, são retidos” (João 20.16).
Hoje quem
exerce esse poder de perdoar pecados e reter o perdão é o pastor. Ele o faz,
quando no culto público, após a confissão de pecados, diz: “Em virtude desta
sua confissão, na qualidade de ministro da Palavra, chamado e ordenado, eu lhes
perdôo todos os pecados. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém”.
Esse
trabalho do pastor é chamado de Ofício das Chaves, que segundo Lutero “é o
poder peculiar que Cristo deu a sua igreja na terra para perdoar os pecados aos
pecadores penitentes, e retê-los aos impenitentes, enquanto não se
arrependerem”.
Mais
adiante, explicando o que significam essas palavras, Lutero diz: “Creio que
tudo quanto os ministros de Cristo, devidamente chamados, fazem conosco, é tão
certo e válido no céu, como se Cristo tratasse pessoalmente conosco,
especialmente quando excluem da congregação cristã os pecadores impenitentes e
absolvem aqueles que se arrependem dos seus pecados”.
Pedro, em
Pentecostes, ele mostrou como isso funciona. Primeiro ele apontou o dedo para
aqueles que mataram a Jesus, dizendo que eles iriam pagar caro por esse seu
ato. Quando aquela grande multidão se mostrou arrependida pelo que fez, Pedro
lhes anunciou o perdão, dizendo: “Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado
em nome de Jesus Cristo para o perdão de vossos pecados e recebereis o dom do
Espírito Santo” (Atos 2.38).
Pedro deve
servir de exemplo para nós. De um lado, devemos ser duros com o pecado: não
deixar que as pessoas façam o que bem entendem, fechando os olhos como se não
tivesse acontecido nada. Mas, de outro lado, quando uma pessoa se arrepende do
erro que cometeu e quer corrigir a sua vida, nós a devemos perdoar e aceitá-la
novamente como irmão na fé.
Não há
pecado que Deus não possa perdoar. Jesus perdoou a Zaqueu, a Maria Madalena e
ao Malfeitor na cruz. Por isso nós devemos também perdoar uns aos outros, de
maneira especial ao irmão na fé, que errou, mas está arrependido e promete se
corrigir.
Embora o
dia de Santo Antônio, São João e São Pedro sejam hoje festas puramente
mundanas, não faz mal a igreja lembrar a vida e os feitos desses grandes homens
de Deus.
João Batista
nos mostra que Deus não aceita fingimento; Pedro nos mostra que Deus é capaz de
perdoar qualquer pecado; e Antônio nos mostra que, como filhos de Deus, devemos
fazer sempre o bem aos outros, de modo especial, aos necessitados.
Imitemos,
pois, esses nossos guias, conforme nos recomenda o autor da carta aos Hebreus,
pois eles nos deixaram valiosos exemplos: “Lembrai-vos de vossos guias, os
quais vos pregaram a palavra Deus; e considerai atentamente o fim da sua vida,
imitai a fé que tiveram” (Hebreus 13.7).
Pastor Lindolfo Pieper
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